Sub Punk / PunKrusp
A Sub Punk é um veículo destinado ás pessoas de bocas inquietas. É um dos vários mecanismos que podemos utilizar. Lógico que algumas pessoas (a maioria delas mal intencionadas), podem associar tais ações a hipocrisia ou demagogia, mas eu nem ligo, pois ninguém é obrigado a concordar, muito menos pessoas de direita, pois falam que somos extremistas, mas com certeza extremas são suas mediocridades.
Eu moro no Parque Pinheiros em Taboão da Serra desde 2.002, e como sempre fiz e faço, procuro conhecer, e na medida no possível apoiar novas bandas. Quando mudei pra cá, nem tinha uma cena com bandas, ninguém fazia rock por aqui. Hoje são muitas as bandas, sempre disse ao microfone, “montem suas bandas, façam zines, faça crescer a cena ao qual você faz parte”.
O que mais falta por aqui é interação entre as bandas, zineiros etc. Desta forma não podemos construir algo realmente concreto por aqui, poderia ser uma cena maravilhosa, como foi e ainda é o PunKrusp de onde saíram bandas como Excomungados, Mercenárias, Sarjeta, Colisão Social, Antropófogos, Banda Punk, Insurgentes, Planeta Defunto, Os Meteoros etc. E zines como Sarjeta Zine, Ex-zine entre tantos outros muito legais.
Aqui as bandas tocam e saem fora, nem prestigiam as outras, é nítida uma espécie de competição, acontece desde 2.002 quando a coisa começou a tomar rumo. A cena aqui ainda tem poucos punks, por isso quero agradecer o Rodolfo (enter furians), Roberto Morcego, Dayane, Daya, Bones, Jana, Fábio (Olho Seco), Menstruação Anárquica, Demente & Fernanda, Mozine (Mukeka), PP (Atentado), Ariel que estão colaborando de forma ativa com a Sub Punk (aliás sempre colaboraram). Precisamos de mais pessoas com o mesmo intuito.
Existem outras pessoas interessadas, mas tem que fazer acontecer, não somos um exército, não estamos recrutando ninguém, tem que ser merecedor mesmo. Tem pessoas aqui que tem um puta de um visual chamativo, mas o que mais fizeram de sério é reclamar que não deixaram entrar de graça nos shows, ou que o desconto foi pouco, pessoas assim não me interessam, e posso dizer em nome do movimento ao qual sou ativo a mais de 20 anos.
Mas tenho certeza, que aos poucos as negatividades acabam saindo de cena, pois só os verdadeiros sobrevivem, afinal punk não é moda e nunca foi. Façamos o favor de desenvolver um senso de autocrítica, e reservar mais tempo tentando melhorar a nós mesmos. Para terminar, um som que foi tocado nos dois shows que vi nas ultimas duas semanas, a banda se chama Garotos do Subúrbio. “Garotos do subúrbio, garotos do subúrbio, vocês, vocês, vocês não podem desistir de viver”.
Fábio Sarjeta
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